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O supense de B: The Beginning

Netflix e a Production I.G (conhecida por produzir animes como Ghost in the Shell, e animes de esporte como Haikyuu!!) se juntam para dar vida a uma obra original chamada B: The Beginning.

Mais um anime para a Temporada de Inverno 2018, com 12 episódios, todos já disponíveis na Netflix desde 2 de março. O diretor é o Kazuto Nakazawa, que participou como animador em Animatrix, entre outros projetos.

B: The Beginning é um anime de suspense em sua maioria, e possui uma pitada de ficção científica para deixar melhor ainda.

Focando na trama agora, a história se passa no reino de Cremona. Por mais que seja um reino, não é uma história medieval, mas sim bem atual, com tecnologia avançada. Tudo se desenrola quando um policial, Keith, que havia sido afastado há anos, retorna para a polícia real, RIS, para ajudar na investigação de assassinatos, em sua maioria, pelo agora famoso, Killer B, ou Matador B.

B somente mata pessoas que ele julga merecerem morrer, ou seja, pessoas que causaram o mal para outras, assassinos e estupradores. No começo não explica muito sua existência, ou porque ele começou a fazer isso. Mas afinal de contas, é um anime de suspense e mistérios.

Keith Flick não é um policial comum, com métodos normais. Ele possui uma inteligência absurda, podendo prever o que vai acontecer antes mesmo de algo se realizar. Flick possui sérios problemas com o passado, que através de flashes, vamos descobrindo aos poucos o que aconteceu. Esse incidente afetou muito a vida do personagem, o deixando mais frio com as pessoas.

Na polícia real existem alguns personagens marcantes, muito bem desenvolvidos, que valem a pena citar. Lily Hoshina é uma policial atrapalhada, bem-humorada, mas trabalha com afinco e ama sua profissão. Ela possui um irmão chamado Koku, que trabalha com o resto da família em uma loja de violinos.

Kaela Yoshinaga é uma personagem incrível, engraçada, mas um tanto maluca, especialista em computadores e hacking, e sempre ajuda a equipe com suas habilidades. Além de Eric, Boris, e Mario que são os principais da polícia. Há também um amigo de Flick, Gilbert Ross, que trabalha na área de medicina forense.

Além desse núcleo do Killer B e da polícia real, existe também uma organização chamada Market Maker que está cometendo crimes para atrair Killer B e poder pegá-lo. Os membros dessa organização, ou gangue, possuem aparências peculiares, com tatuagens e maquiagens elaboradas, dando um aspecto diferente, oposto da normalidade da polícia. Cada membro possui uma tatuagem de caveira em sua mão, como símbolo da organização.

Toda a trama é bem costurada, tudo o que você não entende no começo é explicado depois, então não ficam pontas soltas. Apesar de existir vários núcleos, eles sempre se interligam durante os casos, deixando a história mais emocionante.

No começo não deixam muitas coisas bem explicadinhas, forçando o telespectador a criar teorias e tentar entender o que está acontecendo. Isso só fortalece a vontade de continuar assistindo para compreender toda a história, e conseguir ver o que está por trás de tudo.

Um artifício interessante utilizado no anime são os textos que surgem na tela de vez em quando. Fora os textos explicando os locais que os personagens estão, também há textos explicando algum elemento da cena que está acontecendo, ou também para contar parte da história, explicando algum ponto.

O anime é bem produzido, dirigido, animado e escrito. Foi uma parceria maravilhosa, e a Production I.G está sempre se superando. Recomendo para quem gosta de animes mais “pesados”, de mistério e investigação.

Quando você começa a ver, não consegue parar, e combinando isso com o fato de ter sido lançado completo na Netlix, é um prato cheio para seu final de semana.

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Andre Sousa

André Sousa, Cearense, 31 anos, pseudo intelectual de rede social, inteligentemente gaiato e consumidor moderado de drogas lícitas.