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Brasil Game Jam – Confira o que rolou na reta final

Confira aqui o que rolou na reta final da Brasil Game Jam, que rolou nos dias 7, 8 e 9 de Abril lá na BGC. Como vocês já sabem eu, TheSweet_Lari, acompanhei bem de perto a rotina dos participantes durante as 48h em que eles ficaram lá. E agora irei contar um pouco do que rolou lá. 😀

Eu queria muito poder dizer a vocês que foi tudo mil maravilha mas, não meus amigos, isso seria uma grande mentira!

No primeiro dia (07/04) estava realmente tudo lindo e maravilhoso. Conversando com as equipes senti muita confiança e tranquilidade em todos. Chegando lá no segundo dia (08/04) consegui notar de longe o cansaço de alguns participantes (o que já era esperado, pois nem todos dormiram na noite de sexta para sábado e todo mundo que já participou ou acompanhou desafios desse nível sabe que isso é mais do que normal), mas uma equipe em especial tinha despertado a minha preocupação e atenção. Essa equipe foi a Sigma.

Eu já havia conhecido uma parte da Sigma quando fui à BGS no ano passado. Eles participaram da Game Jam que aconteceu lá também. Além de ser a única equipe ali que eu já conhecia o fato de eles serem de São Paulo (cidade onde moro atualmente) também ajudou um pouco para o meu "apego" a eles.

Quando cheguei lá no sábado e me disseram que um dos integrantes da Sigma havia passado muito mal à noite o meu botão de alerta foi ativado automaticamente, então toda hora eu ia na mesa deles (mais do que estava indo na das outras equipes rs) para saber como estavam as coisas e se estava tudo bem.

O dia estava indo tudo bem, o menino que havia passado mal estava relativamente bem e todas as equipes estavam conseguindo avançar em seus projetos.

No início da noite a galera da Gamescola conseguiu "finalizar" seu jogo, faltando apenas pequenos detalhes e ajustes para concluir definitivamente. O Jonny Rio (nome escolhido pela equipe para o jogo) foi bem legal de ser testado. Era a história de um menino nascido e criado em uma comunidade do RJ onde ele decidia sair para enfrentar a criminalidade e a milícia da cidade. Como o tempo para a produção do jogo era bem curto ele tinha apenas três fases, mas isso não impediu que o jogo tivesse uma certa dificuldade para ser "zerado". Eu mesma morri muitas vezes em todas as fases dele e só terminei porque pensei "Não é possível, eu tenho que conseguir chegar no final disso aqui. Me respeita!". Após várias tentativas minhas eu consegui chegar ao final do jogo e ver como a história de Jonny Rio acabou (óbvio que não vou contar aqui porque não acho legal sair dando spoilers assim rs).

Todas as equipes estavam praticamente entrando na reta final de seus projetos. Foi aí que aconteceu a coisa que talvez tenha me deixado mais tensa durante toda a cobertura que fiz… A galera da Sigma perdeu praticamente 80% do que haviam feito até aquele momento. Isso mesmo que você está lendo! Faltando menos de 24h para a entrega dos projetos uma das equipes acabou perdendo a maior parte de tudo que já haviam desenvolvido até aquele momento por causa de um problema técnico. Se instalou sobre a mesa deles uma densa nuvem de preocupação misturado com desespero e tudo o que você pode estar imaginando.

Eu, com minha mania de ser "deboa", conversei bastante com os meninos dizendo palavras de incentivo e apoio (eu sei muito bem como é perder um projeto praticamente pronto nas vésperas da entrega rsrs). As outras equipes também se mostraram muito prestativas na ideia de não deixar com que os meninos da Sigma desanimassem. Mas isso parecia não estar sendo suficiente para eles. Eles iam desistir. Já estava tudo certo, iam apenas aceitar que pegaram uma onda de azar e desistir de tudo que foram ali para fazer.

Ao chegar lá no domingo (09/04), último dia do evento, fui direto para a sala onde estava acontecendo a BGJ (para variar um pouco rsrs). A primeira mesa que fui foi a dos meninos da Sigma. Queria saber como eles tinham passado a noite e como havia ficado a ideia de desistir. Para a minha felicidade estavam os três ali focados em seus computadores se dedicando para conseguir entregar pelo menos alguma coisa.

Enquanto a Sigma tentava terminar seu projeto fui ver como estava o andamento das outras equipes. Todas elas estavam apenas fazendo pequenos ajustes em seus jogos e eu pude testar todos eles. O Jonny Rio eu já havia testado no dia anterior, então comecei pelo projeto que a equipe da EvoBrain desenvolveu. O jogo era bem legal. Você era um policial que tinha como objetivo controlar uma manifestação que estava acontecendo em frente à Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Para que fosse possível manter a manifestação sob controle você tinha uma arma que disparava tiros de borracha e uma outra que lançava bombas de efeito moral. A galera conseguiu até criar uma versão que rodava através de óculos VR (mas esse eu não consegui testar, infelizmente).

A galera da GameSync, por sua vez, preferiu usar um dos tipos de jogos que está sempre em alta por ai… O infinity run, um jogo onde o personagem não para de correr até que perca. Nesse pojeto você era um menino que estava passeando pelo Rio de Janeiro quando começa a ter um arrastão. Seu objetivo é fugir do bandido que está querendo te assaltar tomando cuidado com as adversidades que podem aparecer nesse caminho. Eles disponibilizaram o game para testes tanto no pc quanto no celular (o que eu particularmente preferi).

O último jogo que já estava pronto para teste era o da equipe Arre. O projeto deles era no estilo luta clássica (um personagem contra o outro). Na história, a poluição da Baía de Guanabara havia se tornado um monstro terrível que estava destruindo toda a cidade do Rio de Janeiro até que o Super Cristo Redentor apareceu para detê-lo. Uma das partes que eu mais gostei desse jogo foi as "dancinhas" de comemoração dos personagens e as frases faladas por eles (todas faziam referência a um meme).

Após testar todos os jogos que estavam finalizados eu fiz uma pausa para um lanchinho (ninguém é de ferro, não é mesmo? xD).

Na hora que voltei já era hora da apresentação dos projetos. Naquele momento eu não fazia a mínima ideia de como havia ficado a situação da Sigma e já não havia tempo para conferir. Acompanhei de perto todas as apresentações e, acreditem, a Sigma conseguiu entregar o jogo do jeito que eles haviam planejado inicialmente 🙂

Todas as equipes foram muito bem em suas apresentações e os jurados pareceram gostar de tudo o que viram ali. Enquanto testavam eles iam dando ótimas dicas aos times e fazendo sugestões de melhorias para os jogos. Tenho certeza que nos próximos jogos eles vão aplicar o máximo que puderem.

Após os jurados finalizarem os testes as equipes ficaram mais relaxadas e apenas davam atenção ao público que queria testar seus jogos. Acredito que foi o período mais tranquilo desde o início da competição rs.

Na hora prevista para a divulgação do resultado todo mundo foi para a sala onde aconteceu a Game Jam. A sala (que era gigante) ficou lotada com o público, os organizadores, os jurados e todos que assim com eu estavam ansiosos para conferir a classificação das equipes.

Primeiro foi anunciado o terceiro lugar, que ficou com a equipe da EvoBrain. Todos aplaudiram bastante a equipe, que ficou bem feliz com o resultado.

Logo em seguida anunciaram o segundo lugar. E acreditem, meus amigos, quem ficou em segundo lugar foi a galera da Sigma! Sim! Os mesmos que tiveram "a onda de azar" desde o início da competição. Ele pareceram não acreditar no resultado e eu fiquei feliz pra caramba (inclusive teve gente que achou que eu era da equipe de tanto que comemorei rsrsrsrs).

Mas ainda faltava saber quem tinha levado o primeiro lugar da competição. Restavam 3 equipes, cada uma com jogos maravilhosos. Mas, por unanimidade dos jurados, a equipe campeã foi a Gamescola. Eu fiquei bastante feliz pelos meninos também pois o jogo deles foi realmente o que eu mais gostei entre os que eu havia testado.

E foi assim que se encerrou essa jornada de desenvolvimento, cansaço, estratégias e muita diversão da Game Jam. Veja abaixo algumas fotos que eu tirei durante essa cobertura e até a próxima 😉

 

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Larissa Abreu

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