Cinema

Conheça todos os “Aranhas” do “Aranhaverso”

O novo longa-metragem de animação do cabeça de teia estreou dia 10 de Janeiro e já é sucesso absoluto com uma arrecadação de US$ 35,4 milhões nos primeiros três dias de exibições. Com isso, o filme se tornou a maior estreia de uma animação no mês de dezembro. O filme com múltiplos super-heróis ultrapassou Sing – Quem Canta Seus Males Espanta — que havia feito US$ 35,2 milhões em 2016.

O filme traz diversas versões do herói aracnídeo para as telonas, você sabia que todas essas versões do Homem-Aranha já apareceram nas histórias em quadrinhos? Então se liga no perfil de cara aranha no seu respectivo universo.

Miles Morales

Nos quadrinhos, Miles Morales surgiu para substituir o vácuo deixado pelo Homem-Aranha Peter Parker, que havia morrido em um Universo muito parecido com o nosso. A origem de Miles Morales como Homem-Aranha se dá quando seu tio Aaron Davis rouba uma aranha geneticamente modificada dos escombros das Indústrias Oscorp, que eram de posse do antigo Duende Verde, Norman Osborn. Ao ser picado, ainda com seus 12 anos, Miles ganha poderes iguais aos de Peter Parker, mas alguns outros novos, como um ferrão atordoador, a capacidade de ficar invisível e, mais recentemente de produzir teias de aranhas pela pontas do seus dedos.

Mas o mais interessante de Miles Morales é que ele é um personagem meio negro e meio latino, isso aconteceu porque os fãs do Homem-Aranha desejavam que o ator negro Donald Glover (filho de Danny Glover, de Máquina Mortífera e famoso pela série Community e o clipe This is America) fosse o novo Peter Parker nos cinemas no lugar de Andrew Garfield. Assim, a Marvel resolveu testar a popularidade de um aranha negro nos quadrinhos e isso deu MUITO certo. Tanto é que o protagonista da nova animação será Miles e não Peter. Outra coisa que vale falar sobre o Miles é que seu nome real é Miles Morales Davis, ou seja, ele usa o sobrenome da mãe. Seu nome de batismo foi uma homenagem ao grande jazzista negro Miles Davis, tanto na sua história fictícia como na sua história “de bastidores”.

Gwen-Aranha

Por muito tempo os fãs hardcore do Homem-Aranha têm chorado a perda da sua primeira namorada, Gwen Stacy, que foi morta pelo Duende Verde, sendo jogada do alto da ponte George Washington. Essa foi uma das mortes mais impactantes dos quadrinhos e tem ecos até hoje, mesmo no  segundo filme do segundo Homem-Aranha, em que Gwen Stacy é interpretada pela atriz Emma Stone e sofre o mesmo destino. Vendo na interpretação certeira de Emma Stone para a personagem uma possibilidade de capitalizar sobre a personagem Gwen Stacy novamente, a Marvel desejou trazer a eterna namoradinha de volta. Mas não da forma que você pensa.

A Marvel trouxe a Gwen de volta como uma Mulher-Aranha de uma realidade alternativa à nossa, em que é Gwen Stacy quem é picada por uma aranha radioativa e não Peter Parker. Essa Gwen vem da Terra 65 e lá ela é baterista de uma banda chamada As Mary Janes, que é composta por diversas ex-namoradas do Peter Parker na realidade “normal” da Marvel. A primeira aparição da “Gwen-Aranha” aconteceu na minissérie Limites do Aranhaverso, e não faz tanto tempo assim, não. A personagem se tornou popular muito mais por causa de seu visual muito bem desenhado, com um capuz de teia e uma sapatilha azul do que por suas histórias. Na sua origem o vilão é o Lagarto, que é ninguém mais ninguém menos que seu namorado Harry Osborn. Ele acaba matando Peter Parker, que era todo apaixonado por Gwen, mas por um vacilo dela, acaba fenecendo. Ela aprende duramente que “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”.

Porco Aranha

O Porco-Aranha era uma piada recorrente do Universo Marvel desde que surgiu, no final dos anos 70 em uma versão de um desenho animado do Homem-Aranha. A piada com seu nome original, Spider-Ham, se perde na tradução, pois é uma rima com Spider-Man. Se fossemos traduzir ao pé da letra, teríamos Aranha-Presunto e, como no brasil presunto é sinônimo para cadáver, se tivéssemos um Aranha-Presunto ele seria um morto-vivo! o fato é que o Porco-Aranha teve vários especiais ao longo dos anos desde os anos 80 e ele vivia em um universo em que todo mundo era animais, animais de todas as espécies, inclusive os heróis da Marvel, fazendo trocadilhos que se perderam na tradução ao português.

O Porco-Aranha virou uma curiosidade de nota de rodapé da Marvel até que resolveram fazer a saga Aranhaverso. A partir dessa saga, ele passou a agir, ora como uma espécie de consciência bizarra da Gwen-Aranha que só aparecia para ela, ora como um personagem BEM real, que, ironicamente, curte muito comer um X-Bacon. Assim, a Marvel conseguiu distanciar o Porco do seu universo animalesco difícil de ser traduzido em outras línguas, mas o manteve como o alívio cômico dos personagens que compõem o Aranhaverso.

Peni Parker

Peni surgiu como uma versão japonesa do Homem-Aranha, dentro do último número da minissérie Limites do Aranhaverso. Ela foi criada por Gerard Way, vocalista da banda de emo-rock My Chemical Romance. Peni é uma garota super inteligente que criou um mecha baseado nos poderes de uma aranha, que ela pode comandar a partir do momento em que o “veste”. Esse mecha surgiu tanto da paixão de Way por esse tipo de criatura do imaginário pop japonês, especialmente Neon Genesis Evangelion, como também por causa da popularidade da série Transformers no cinema, conduzida por Michael Bay.

A origem de Peni remonta seus nove anos, quando ela foi informada que o seu pai morrera ao pilotar a armadura mecha Ar//nH. Ela sabia que, para controlar a armadura, a pessoa deveria ser picada pela mesma aranha irradiada que faz o contato com a CPU do computador do mecha. Assim, Peni assumiu esse fardo e passou a comandar Ar//nH. Embora Peni tenha um conceito interessante sobre sua forma de estampar o símbolo da aranha e na sua forma de combater o crime, a quinta edição de Limites do Aranhaverso é um dos poucos quadrinhos em que você pode encontrá-la, ao menos aqui no Brasil. Está para ser publicada uma nova série, Aranhaggedon, em que Peni voltará a dar as caras contra outro mecha, Ven#m.

Homem Aranha Noir

No início da década, a Marvel começou a investir em uma versão noir de seus heróis. Essa tal versão noir dizia respeito à literatura noir, de detetives dos anos 20 e 30, que eram muito populares nas revistas pulp, uma espécie de proto literatura da época, que revelou nomes como Elmore Leonard, Raymond Chandler e Mickey Spillane. Assim, a Marvel começou a situar seus heróis nesse universo sombrio e corrupto e o primeiro deles foi o Homem-Aranha Noir, que ganhou duas minisséries neste universo. Elas foram escritas por David Hine, Fabrice Sapolsky e foram desenhadas por Carmine di Giandomenico. A origem deste Peter Parker é um pouco diferente da qual estamos acostumados.

Nela, Peter é mentorado pela Tia May que é uma ativista socialista e pelo jornalista negro Ben Urich, que lhe colocam no caminho da virtude. Mesmo assim, Peter é envolvido em uma trama contra o rei do crime Norman Osborn e acaba em um depósito onde o bando do chefão contrabandeava antiguidades. Uma enorme antiguidade em forma de aranha se quebra, revelando milhares de aranhas, que cobrem Peter e o picam. Ele quase morre quando sonha com um Deus-Aranha. Logo, Peter percebe que recebeu poderes extraordinários.

Dentro da mitologia do Homem-Aranha Noir, Peter Parker também se envolve com a cafetina Gata Negra, que logo se torna seu interesse romântico, mas acaba travando uma guerra de gangues para ocupar o lugar de Norman Osborn, deposto pelo Homem-Aranha Noir. Na animação de Homem-Aranha: No Aranhaverso, o Homem-Aranha Noir será dublado originalmente por Nicholas Cage.

No início da década, a Marvel começou a investir em uma versão noir de seus heróis. Essa tal versão noir dizia respeito à literatura noir, de detetives dos anos 20 e 30, que eram muito populares nas revistas pulp, uma espécie de proto literatura da época, que revelou nomes como Elmore Leonard, Raymond Chandler e Mickey Spillane. Assim, a Marvel começou a situar seus heróis nesse universo sombrio e corrupto e o primeiro deles foi o Homem-Aranha Noir, que ganhou duas minisséries neste universo. Elas foram escritas por David Hine, Fabrice Sapolsky e foram desenhadas por Carmine di Giandomenico. A origem deste Peter Parker é um pouco diferente da qual estamos acostumados.

Nela, Peter é mentorado pela Tia May que é uma ativista socialista e pelo jornalista negro Ben Urich, que lhe colocam no caminho da virtude. Mesmo assim, Peter é envolvido em uma trama contra o rei do crime Norman Osborn e acaba em um depósito onde o bando do chefão contrabandeava antiguidades. Uma enorme antiguidade em forma de aranha se quebra, revelando milhares de aranhas, que cobrem Peter e o picam. Ele quase morre quando sonha com um Deus-Aranha. Logo, Peter percebe que recebeu poderes extraordinários.

Dentro da mitologia do Homem-Aranha Noir, Peter Parker também se envolve com a cafetina Gata Negra, que logo se torna seu interesse romântico, mas acaba travando uma guerra de gangues para ocupar o lugar de Norman Osborn, deposto pelo Homem-Aranha Noir. Na animação de Homem-Aranha: No Aranhaverso, o Homem-Aranha Noir é dublado originalmente por Nicholas Cage.

Peter Parker

Em entrevista, os produtores/roteiristas do filme, Chris Miller e Phil Lord (Uma Aventura LEGO) falaram sobre essa nova versão do Homem-Aranha original.

“Eu acho que a ideia é que esse Peter Parker representa um amálgama de todos os Peter Parkers que você já viu na cultura popular. Então há elementos do Homem-Aranha de Tom Holland em De Volta ao Lar, do Homem-Aranha de Andrew Garfield, do Homem-Aranha de Tobey Maguire e de diferentes interações do Homem-Aranha nos quadrinhos e séries de TV”, diz Miller.

“Imaginamos ele como um Sr. Miyagi que não sabe nada. Eu acho que o imaginamos como se fosse um Homem-Aranha com a mesma idade do personagem nos filmes de Sam Raimi, e agora ele está um pouco mais velho, então qual seria seu ponto de vista acerca desse trabalho?”, completa Lord.

E aí qual o seu preferido?

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Comentários

Andre Sousa

André Sousa, Cearense, 31 anos, pseudo intelectual de rede social, inteligentemente gaiato e consumidor moderado de drogas lícitas.