Variedades

“Marido torcendo ‘animadão’ por mulher nadadora conquista o mundo”

 

E foi assim que minha atenção foi roubada no meio de milhares de notícias sobre as olimpíadas.

Ao que li, esse fato ocorreu na prova de natação que aconteceu no último domingo (07-08) e teve em um dos vídeos mais de 50 mil visualizações no mesmo dia.

Clique aqui, assista ao vídeo e vamos conversar sobre…

Será que eu fui a única que fiquei chocada com o alvoroço que essa notícia teve, mas não pelo fato dele estar torcendo por ela?

Fiquei pensando sobre esse assunto e lembrei de um texto muito interessante que li há uns bons meses atrás, e que foi tão bom que logo me lembrei dele. Clica aqui pra ver esse texto incrível!!

Agora se você quer um resumo, eu também faço: Se trata de como os homens são exaltados por fazer quase nada.

Mas calma que eu explico o por que!

Venhamos e convenhamos… Quem não se empolga assistindo uma competição valendo medalha, prêmio, ou até mesmo por diversão? Eu mesma adoro assistir esportes, e mesmo aqueles em que não sou familiarizada, sempre escolho um lado pra torcer e me empolgo. Torço, grito, pulo…

Agora o cara, além de ser marido da Katinca Hosszu é o treinador dela, ela estava na linha de quebrar um recorde mundial, na qual pelo que li, conseguiu. Agora me diz de novo, como não se empolgar?

Porém o que me chamou a atenção foram os cometários, o colocando em um pedestal de “escolha alguém assim”, “se case com alguém assim” e outras mil coisas semelhantes.

Em um mundo onde as pessoas aprenderam a fazer joguinhos com os sentimentos, demonstração de amor e apoio virou objeto de luxo. Hoje em dia está tudo muito assim, se a pessoa gosta ela não fala, se a pessoa está a fim ela se faz de difícil, dá algumas indiretas mas espera sempre que o outro tome alguma iniciativa, e a outra pessoa por sua vez, por não querer demonstrar seus sentimentos, acaba entrando no mesmo joguinho de “vamos ver quem se declara primeiro”, e aí quem decide derrubar essa barreira parece que perde o jogo ao invés de ganhar.

E aí, pessoas que não seguem esse novo padrão de relacionamento por algum motivo acabam causando inveja aos demais. O amor tem que ser leve, livre e principalmente recíproco. Não adianta nada você querer um cara que faça milhares de declarações de amor pra você em praça pública se você o retribui apenas dizendo “Obrigada”.

A grande questão não é você procurar alguém que seja assim e sim estar com alguém assim… O seu amor tem que ser o seu fã número 1, tem que ser aquele que te incentiva nas suas empreitadas (mesmo sabendo que pode ser uma furada), tem que ser aquele que te impulsiona a querer mais, a ser melhor e não que te desencoraje e te puxe pra baixo. De nada adianta estar com o boy mais desejado da academia se ele não se interessa e não torce pelo seu sucesso. Do mesmo jeito que você também tem que fazer o mesmo por ele, não por obrigação ou por retribuição, e sim porque não há sentindo em ficar com uma pessoa na qual você não se importa; a não ser que seja apenas mais um peguety. Agora se vocês estão juntos e pretendem ter um relacionamento, apoio e suporte é essencial. Demonstrar que se importa.

Entendo o choque que este ato teve, porque se fosse uma mulher torcendo pelo marido (coisa que deve ter muito por lá, esposas e namoradas, torcendo pelos seus parceiros) não teria (ou não teve) tanto impacto porque nós mulheres somos assim, demonstramos muito mais nossos sentimentos do que os homens, agora como foi um homem torcendo, ele recebeu todos os holofotes, as telas filmaram muito mais ele do que a platéia em si.

Agora cabe a você decidir estar com uma pessoa que realmente torça por você, ou estar apenas com o mais gato da turma.

A torcida dele foi linda, emocionou, mas por favor, não o coloquem em um pedestal, afinal ele é treinador dela, se ele não torcesse para que ela ganhasse é como se ele não acreditasse no próprio trabalho.

 

katinkashane

 

 

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Gaby Vieira

Fotografia é minha profissão e minha paixão, para qualquer lugar que eu vá minha câmera sempre vai comigo. Amante do bom e velho rock 'n' roll e uma cerveja gelada na praça da esquina com as amigos e papos aleatórios, também sou viciada em filmes e seriados. E já fui a tia da merenda por quase 2 anos em uma escola. Experiência na qual nunca mais quero passar...